O
Bitcoin é uma moeda digital baseada numa tecnologia que tem o potencial de
mudar a forma como realizamos transações monetárias, e sem dúvidas, causar um
impacto gigantesco na economia mundial.
Não
se limitando apenas à Economia, essa tecnologia se estende para qualquer
sistema dependente de registros à prova de adulteração. Seu funcionamento é
independente de uma instituição central, impossibilitando o domínio e
regulamentação governamental.
Nesse
artigo, temos como objetivo mostrar essa tecnologia e os assuntos mais comuns
que envolvem as criptomoedas, levando ao leitor a base de conhecimento
necessária para dar um Start neste mundo.
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Ideologia
e introdução ao Bitcoin
Imagine,
efetuar transferências internacionais de qualquer quantia de dinheiro em
questão de segundos, anônimas, extremamente seguras, irreversíveis e não pagar
qualquer taxa por isso.
Você
deve estar se perguntando, por que querer efetuar transações de valores
anônimas se não é um tipo de criminoso? E por que abrir mão da “segurança” do
Estado que já controla esse serviço? Tudo bem, você foi programado para
questionar esse tipo de coisa, essa é uma ideia que a sociedade vem herdando
desde muito tempo.
Se
lhe dou uma maçã, a maçã é sua!
Por
que você precisaria de uma terceira pessoa para realizar esta transferência?
Nós também não precisamos notificar alguém que estamos efetuando essa
transferência.
A
maçã agora é apenas sua e você pode dar ela pra outra pessoa. Justo não?
Então,
chamamos isso de liberdade.
Então,
por que não temos essa liberdade com o dinheiro?
Pelo
simples fato de você não ter o controle de seu próprio dinheiro.
O
dinheiro foi criado para facilitar a troca de mercadorias, mas com sua
evolução, se tornou a maior arma de controle Estatal. O Estado é dono de boa
parte de seu dinheiro (se não for dono de todo ele), mesmo aquele que você
guarda em casa debaixo do colchão. Tudo é taxado, monitorado e administrado por
pessoas que você nem mesmo conhece. Por incrível que pareça, até mesmo um certo
percentual de fraude nesse sistema é aceito e dado como inevitável. E você e
seus ancestrais sempre engoliram isso, afinal nunca tiveram uma alternativa.
Então podemos afirmar
que o Bitcoin é uma ameaça direta ao poder estatal? Sendo uma ameaça, como é
possível estar ativo desde 2009 já tendo capitalizado mais de 31 bilhões de
dólares no mundo todo e o estado ainda não ter criado leis sobre ele ou tomado
providências para impedir seu funcionamento?
Devido à sua estrutura descentralizada.
O
Estado não tem um alvo para atacar, não existe um servidor central para
derrubar, não existe um administrador responsável para sequestrar, prender. A
rede funciona em todo lugar de maneira sincronizada. Mesmo que um nodo
eventualmente pare de se conectar a rede, terão N outros funcionando e
compartilhando exatamente o mesmo conteúdo.
Isto só é possível
graças à tecnologia P2P, sim aquela mesma usada em Torrents, aquela mesma que
já gerou tanta polêmica, que mudou e continua mudando forma como você escuta músicas,
assiste filmes e compartilha gratuitamente arquivos na internet.
Onde fica armazenado o Bitcoin?
Quando
você efetua uma transações de valores de uma carteira de Bitcoin para outra,
ela é imediatamente autenticada e escrita em um registro de transações
gigantesco chamado de Blockchain, que fica armazenado localmente em todas as
carteiras, e deve ser sincronizado antes de qualquer nova transação.
Como funciona a Blockchain?
A
Blockchain é como um livro contábil gigantesco, ele é público e armazena blocos
contendo registros de todas as transações desde sua criação até o momento em
que você está lendo este artigo.
Wallets (carteiras)
A
Wallet (carteira) é um aplicativo que permite a qualquer pessoa realizar
transferências de Bitcoins sem ter conhecimento algum sobre sua tecnologia.
A carteira é baseada
num conceito de chave pública/privada, onde a chave privada fica armazenada com
você (como uma senha bancária), e a chave pública é um endereço registrado na
Blockchain em todas suas transações, dessa forma ela mantém todo o histórico e
balanço atual de sua carteira.
É a chave pública que você compartilha (como uma conta
bancária) quando vai solicitar uma transferência de fundos.
Uma
carteira pode funcionar em qualquer plataforma, tanto em seu computador quanto
num dispositivo móvel, ou até mesmo na nuvem.
Bitcoin-qt — Aplicativo
de carteira desenvolvido para a plataforma Windows.
A
chave privada pode ser armazenada em qualquer lugar, arquivo digital, papel,
até mesmo na sua memória. Ela nada mais é que uma sequência de números e
letras.
Possuindo a chave privada, você poderá importa-la em
qualquer carteira e subtrair o conteúdo daquele endereço público.
Paperwallet — Carteira de papel que carrega o par de chaves, pública+privada (você
pode imprimir sua própria carteira)
Sempre
que achar necessário, será possível gerar um novo par de chaves, e não há nada
na rede que ligue uma nova chave à uma pessoa.
Também
não existe qualquer tipo de registro de IP ou localidade nas transações
armazenadas na Blockchain.
Carteira instantânea gerada client-side
Caso
queira receber bitcoins e não possua uma carteira, você pode gerar um par de
chaves aqui: https://www.bitaddress.org e futuramente sincronizar em uma
carteira qualquer como a da https://blockchain.info
Note
que a chave é criada Client-side através de seu browser. O servidor que
controla esse sistema não tem acesso à sua chave em momento algum. Este sistema
é OpenSource, você pode rodar offline se desejar.
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Brainwallets
Brainwallets são chaves privadas criadas partindo de uma sentença de
palavras de fácil memorização.
Atualmente o gerador mais seguro de brainwallets é o
WarpWallet, usando pelo menos 8 palavras (se possível que não se encontram num
dicionário).
A
blockchain está constantemente sofrendo ataques de força bruta, tentando
advinhar sentenças de palavras comuns.
Neste
experimento uma Brainwallet gerada partindo da palavra “mike” foi crackeada em
segundos por diversas pontas. Portanto, evite Brainwallets e se for usar, use
uma sentença complexa.
Carteira na nuvem (Cloud wallet)
Armazenar
localmente toda a Blockchain, não é um trabalho muito fácil e tem seus prós e
contras, pois exige grande capacidade de armazenamento.
Hoje a Blockchain completa já ultrapassa mais de 106
Gigabytes (Algo equivalente a 10x a série completa do Breaking Bad em HD), a
obrigação de sincronizar tudo isso poderia ser inviável para algumas pessoas.
Pensando
nisso foram criados os serviços de Cloud Wallet, onde você usa o Browser ou uma
aplicação em seu smartphone para se conectar a servidor que já possui a
Blockchain completa, então você apenas executa transações usando sua chave
privada que nunca deixa seu dispositivo.
Segurança e Cloud Wallets
Normalmente
para operar uma Cloud Wallet comum, você precisa compartilhar sua chave privada
com o servidor, e obviamente isso abre uma enorme brecha de segurança na sua
carteira. Como solução para este problema, utilizando uma forma de
criptografia, foram criadas Cloud Wallets que operam em Client-side
Serviço
de Cloud Wallet Client Side da empresa https://blockchain.info/ (não
confunda com o registro Blockchain)
Em
serviços como este, nem mesmo o servidor tem acesso à sua Wallet. Isso elimina
a possibilidade de roubo caso um usuário mal-intencionado venha ter acesso
privilegiado ao sistema do serviço de Cloud Wallet Server-side.
De qualquer forma, não existe nada mais seguro que operar
uma carteira local em um nó que você detém total controle.
Validação das transações (Prova-de-trabalho)
Sem
uma autoridade central, quem faz a verificação das transações? Caso um usuário
mal-intencionado altere o conteúdo da blockchain local, isso seria
automaticamente registrado no restante da rede? Devemos confiar na honestidade
de todos os nós da rede?
“Sistemas que dependem da confiança
em outras pessoas não são seguros.”
A blockchain é
baseada num sistema de “prova-de-trabalho” (proof-of-work ou PoW), onde para se
criar um novo bloco de transações é necessário que o código deste bloco seja
descriptografado, algo como chutar todas as combinações possíveis tentando
descobrir uma senha num limite de tempo, essa senha deverá ser comparada ao
bloco anterior, e caso esteja correta, deverá ser validada pela maioria dos
outros nós para que o novo bloco seja propagado pela rede.
Um
usuário mal-intencionado até pode criar um novo bloco em sua Blockchain local,
mas para que a mesma seja aceita como válida e propagada pelo restante dos nós,
ele teria que descriptografar seu novo bloco e também uma boa parte dos
próximos blocos. Isso teoricamente seria impossível, já que ele está competindo
com o gigantesco poder computacional do restante da rede, que por sua vez se
recusariam a trabalhar neste novo bloco, afinal ele não bate com os blocos
anteriores da “Blockchain honesta” que eles possuem.
Isso
garante, sempre a existência de uma Blockchain original e que sua validação e
crescimento sempre venha do maior conjunto de poder de processamento na rede.
Mineração e distribuição de novas moedas
Como
garantir que sempre existirá um ou mais nós na rede dispostos à verificar minha
transação? Qual o incentivo?
O nó que conseguiu decifrar o código e criou o novo bloco
recebe como recompensa uma quantidade de moedas. Essas moedas são novas e isto
garante o crescimento/distribuição de capital do sistema.
Então
a rede sempre lançará novas moedas? Elas são infinitas?
Para se atribuir valor à alguma coisa, assim como o ouro
ela precisa ter sua quantidade limitada. No caso do Bitcoin, é limitado em 21
milhões de unidades.
E
quando todas as 21 milhões de moedas forem mineradas? Qual será o incentivo
para minerar e manter as verificações de transações?
Existe uma taxa opcional por transação que é repassada
aos mineradores, pagando essa taxa sua transferência tem uma certa prioridade
na velocidade de confirmação. A ideia é no futuro usar essa taxa para manter a
rede de verificação funcionando.
O
que garante que um único nó não centralize todas as verificações da rede,
criando todas novas moedas pra ele e até mesmo ter o poder de autorizar
transações falsas/duplicadas?
A garantia vem da natureza da rede. Conforme seu
crescimento, a rede está programada para aumentar dificuldade para se gerar um
novo bloco, exigindo cada vez mais poder de processamento. Um único nó, não
teria capacidade computacional para competir com o restante da rede e manter
viva uma Blockchain paralela.
A ação de manter um nó dedicado apenas para criar novos
blocos é chamada de mineração.
Para
dar o start na Blockchain, desenvolvedores da carteira incluíram um “modo
gerador de moedas”, onde cada carteira faz uma simples mineração para dar vida
à rede.
Minerar sozinho (Solo mining)
Como
era previsto, minerar através da carteira era algo que se tornaria rapidamente
obsoleto, então foram desenvolvidos aplicativos especializados que dedicam 100%
do poder de processamento de sua CPU para mineração, ou até mesmo sua GPU(placa
de vídeo, que tem poder de processamento muito maior que a CPU).
GuiMiner e CGMiner minerando em localhost (conectados à carteira local)
Apontar um aplicativo de mineração diretamente para a
blockchain na tentativa de minerar um bloco inteiro sozinho é chamado de
Mineração em Solo (Solo mining).
Minerar em grupo (Pool mining)
Com
o passar do tempo a dificuldade foi aumentando e grupos notaram que poderiam
ganhar muito poder computacional se unindo e criando Pools de mineração.
Uma Pool nada mais é que um servidor onde todos os mineradores se
conectam e recebem uma parte do trabalho, juntos trabalham para tentar
descriptografar o código do mesmo bloco, ao final, cada um deles envia seu
trabalho à Pool e caso aquele bloco tenha sido minerado com sucesso por algum
deles, todos os envolvidos recebem uma recompensa equivalente ao seu trabalho.
Hardwares especializados em mineração
Com
o valor do bitcoin sempre em crescimento e sua dificuldade de mineração também,
usuários passaram a investir fortunas criando Rigs de mineração (hardwares
linkados) dedicados à mineração com um poder surreal de processamento, capazes
de comparar uma quantidade imensa de códigos por segundo para lucrar o máximo
possível enquanto a dificuldade da rede permitir.
De
olho no lucro, empresas entraram nesta onda, criando verdadeiros monstros de
mineração, alguns deles com valor superior a U$5.000,00.
ASIC Bitcoin
Miner — Antminer S9–14TH/s
Custos e energia elétrica
O custo para criar e manter uma Rig de mineração é alto,
tanto no investimento em hardware quanto no gasto de energia elétrica. Mas pode
ser algo que se paga rapidamente e passa a retornar um lucro muito alto se for
bem planejado.
Como a evolução da dificuldade da rede é exata, é possível
fazer cálculos para prever quando seu hardware se tornará obsoleto e decidir se
é um investimento viável ou não. Normalmente não é viável minerar Bitcoin no
Brasil pelo alto custo de energia, e taxas de importação do hardware.
Cloud mining (mineração na nuvem)
Numa tentativa de centralizar o máximo possível de poder de
mineração possível, foi criado o Cloud-mining (mineração em nuvem). Um serviço
que permite você comprar “capacidade de processamento”. Você paga para uma
empresa investir em hardware e minerar, e ela te repassa um percentual do lucro
com a mineração.
Serviço de Cloud Mining da genesis (note a altíssima taxa de
manutenção que é cobrada hoje comparada ao seu lucro por bloco minerado)
CUIDADO: A maioria das “mineradoras em nuvem” de hoje em dia
são esquemas ponzi. Não indicamos o investimento em nenhuma delas.
P2pool (Pool distribuída)
O Cloud-mining foi um sério problema,
pois com essa estratégia uma única Pool poderia controlar mais de 50% do poder
de mineração de toda a rede Bitcoin, o que permitiria a mesma assumir o
controle da criação da maioria dos novos blocos da blockchain, validar gastos
duplos e até mesmo iniciar uma blockchain paralela. Por esse e outros motivos
foi criada a P2pool, um projeto antigo de pool descentralizada que amadureceu
neste momento mantendo a ideologia do Bitcoin.
Painel de controle de um nó da P2pool
Numa P2Pool seus ganhos com mineração são repassados
diretamente para sua carteira, isso elimina a necessidade de confiar na
segurança/administração do “dono da Pool”, também devido a isto, não existem
taxas absurdas de manutenção e mesmo que um nó da P2Pool fique offline, você
poderá se conectar a outro e continuar minerando normalmente.
Sistema de pagamento PPLNS
Mineradores pequenos devem saber muito bem escolher a
p2pool que vão ingressar, pois se ele escolher uma pool relativamente grande e
que esteja trabalhando com uma dificuldade altíssima, ele provavelmente não
conseguirá completar nem ao menos 1 trabalho no prazo de 24 horas, que é o
limite estipulado pelo sistema de pagamento da p2pool para considerar um
trabalho válido. E o pequeno minerador não receberá seu pagamento, por mais que
deixe sua máquina dedicada trabalhando neesa p2pool.
Exchanges e o valor do Bitcoin
Não existe um lastro e ninguém definiu o valor do bitcoin,
ele foi definido pelo mercado.
Você pode comprar bitcoins de qualquer
pessoa por qualquer preço, basta que ambas as partes estejam de acordo com a
oferta.
01(um) bitcoin pode ser dividido em até oito casas decimais,
dessa forma você tem a liberdade de negociar apenas 0.00000001 BTC se desejar.
Exchanges são serviços que facilitam a ligação entre vendedores e
compradores, facilitando também o câmbio da criptomoeda para sua moeda local e
vice-versa.
Histórico de preços fechados e livro de
ordens do http://bitstamp.net
Exchanges funcionam sob um sistema de ordens de compra/venda,
onde você pode definir uma oferta no valor desejado e aguardar que outras
pessoas aceitem, processando sua oferta. Ao final poderá “sacar” a quantia
desejada diretamente para sua Wallet de btc ou para sua conta em banco.
Volatilidade
A lei da oferta/procura faz naturalmente
o valor da unidade do bitcoin inflar e como ele não possui um lastro(valor
intrínseco e real definido por um bem físico), seu valor é muito volátil. Hoje
pode estar custando $200,00 dólares e amanhã por algum motivo(notícia,
especulação, influências de mercado dominantes, etc) passar a valer $1163,00, e
dias depois retornar e estabilizar nos $600,00.
BitcoinWisdom — Ferramenta que permite executar análises
técnicas em tempo-real do preço do Bitcoin na em dezenas de Exchanges do mundo
todo
Nem é preciso ressaltar que essa flutuação pode ser muito
lucrativa para pessoas que operam nessas Exchanges. Imagine você comprar
R$10.000,00 em bitcoins no preço de R$100,00 a unidade, totalizando 100 BTC, e
vender dias ou meses depois quando o valor subir para R$2.000,00, transformando
seu investimento em R$200.000,00.
Sim, isto é possível e todos que acreditaram na tecnologia
desde o início já estão milionários. E mesmo que você não seja um deles, saiba
que sempre será possível “surfar” essas ondas dominando algumas técnicas de
Trading, tendo um bom conhecimento do mercado e sempre estando ciente dos
riscos que toda essa volatilidade envolve.
A moeda e o problema com a volatilidade
No início, os mais céticos diziam que o bitcoin jamais seria
aceito como moeda devido à sua volatilidade. Provando o contrário, donos de
estabelecimentos já estão aceitando no mundo todo bitcoin como forma de
pagamento.
“Aceito cartão de débito, crédito… por
que não o bitcoin? Com o cartão de crédito, além de pagar uma taxa de 4%,
demoro 30 dias para receber” disse João Luiz de Campos, dono do Bar Zé Gordo,
em São Paulo (mais detalhes)”.
Empresas
também já estão plantando caixas eletrônicos por todo o mundo, inclusive no
Brasil, para facilitar a troca de moedas por Bitcoin.
Conforme sua evolução, naturalmente o bitcoin foi
apresentando falhas e limitações, que teoricamente à longo prazo podem trazer
problemas para a rede e desvalorizar caso essas falhas não fossem solucionadas.
Mas por ser uma tecnologia aberta, foram criadas novas criptomoedas, chamadas
de Altcoins, todas baseadas no mesmo conceito de descentralização mas com
melhorias significantes em sua estrutura.
Existem milhares de Altcoins já criadas, qualquer um pode
criar, até você. Mas atribuir valor à esta moeda já é outra história. Tomando
como exemplo duas moedas que se destacaram muito e já capitalizaram um valor
razoável.. Litecoin, Ethereum e Dash.
http://coinmarketcap.com — ferramenta que permite analizar a
capitalização de cada moeda.
Litecoin
O Litecoin (LTC) foi a primeira altcoin a se destacar
e é um fork do projeto original do Bitcoin e foi desenhado para liberar quatro
vezes mais moedas do que a criptomoeda que o antecedeu, em um esforço para
evitar que a moeda se torne excessivamente escassa e cara com o passar do
tempo. As transações também são processadas com mais facilidade e a mineração é
mais “inclusiva”, permitindo que máquinas regulares também possam competir.
Adotando uma tecnologia chamada Scrypt, o Litecoin busca nivelar os mineradores
e diminuir a vantagem daqueles que usam máquinas superpotentes e desenhadas
para competir pelas moedas.
Dash
Inicialmente chamada de Darkcoin(DRK), atualmente chamada de
Dash (DSH) está valendo cerca de mais de $80,00. Assim como o Litecoin, ele é
também um fork do Bitcoin, além das vantagens em desempenho e melhor distribuição
de mineração apresentadas pelo sua estrutura X11, seu maior atrativo é sua
tecnologia de anonimidade.
Na rede do Bitcoin todas as transações são sim anônimas, elas
não carregam informação pessoais das partes envolvidas, mas se você já possuir
alguns dados ligados à pessoa, é possível fazer uma análise combinada com
transações passadas e revelar a origem.
Caso deseje evitar isto e disfarçar totalmente uma
transações, será preciso de uns passos a mais do que simplesmente transferir as
moedas virtuais de uma carteira para outra. Existem até serviços de
lavanderia(mixers) para desvincular o endereço e evitar que a origem da moeda
seja identificada.
No caso da Dash este serviço é embutido, é usado uma técnica
chamada Coinjoin, que automaticamente combina as transações feitas pelos
usuários com as de outros usuários, misturando tudo e dificultando muito que a
origem seja identificada.
O Futuro
Mesmo sendo testado por todos os lados, enfrentando
turbulências por ser uma tecnologia recente/inovadora, seu valor continua firme
e forte, e cada vez mais se parecendo uma moeda. Não temos como afirmar que o
Bitcoin sempre estará no topo seguido por suas Altcoins, mas podemos afirmar
que sua tecnologia chegou para ficar e tem sim o poder de mudar o mundo.
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